quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A CONDIÇÃO HUMANA DESUMANA


(A5, 320 P.) - Segundo Karl Marx , “para que o homem possa ser capaz de transformar (a sociedade ou a sua condição sócio-existencial) é preciso, antes, que ele seja capaz de transformar-se”.
Nesse sentido, para poder transformar-se é preciso também poder pensar e, sendo assim, pensar significa “libertar-se das ideologias que - embrutecendo o pensamento - fazem com que os homens deixem de ser seres racionais, “homo sapiens” e/ou homo intelectos, e se transmutem em “homo faber” e/ou animais irracionais, existindo apenas como técnicos e/ou especialistas do saber, alienados para a compreensão simultânea das partes e do todo, culminados num estado de “animalização” e/ou de uma “condição humana sócio-existencial inumana, desumana e/ou inautêntica.”
Em outras palavras, para poderem transformar, os homens precisam se libertar de uma “condição humana inumana e/ou desumana”, há séculos sistematizada, motivada pelos valores Cartesianos, Positivistas, Pragmáticos, construídos estes por meio de símbolos, formas particularistas de inserção social, especializadas de aprendizagem e de inserção no mundo do trabalho, mediante o avanço das ciências, atreladas estas ao desenvolvimento do capitalismo, com suas revoluções industriais.
Outra dimensão desse processo de irracionalidade instituída e/ou sistematizada como um valor social nas sociedades capitalistas ocidentais contemporâneas, está, também, dada aquela que é diretamente causada e fomentada pela “Indústria Cultural”, onde, por meio dela e para ela, são construídos e mantidos os chamados:
1- “Espectadores médios”;
2- “Leitores médios”;
3- Indivíduos intelectualmente medianos e/ou medíocres, aos quais são atribuídas também:
4- Certas “capacidades mentais médias”, numa espécie de sistematização, fora e dentro das próprias instituições “educativas” ideológicas de Estado, sintetizadas numa espécie de “pedagogia da mediocridade”.
A intrínseca relação entre esses dois processos de irracionalidades sistematizados nessas sociedades capitalistas ocidentais pós-modernas, pode ser entendida como um mecanismo de “inversão dos processos de captação e/ou apreensão da realidade” pelos sujeitos, nela transformados em objetos, onde o inteligível, através da exigência de interiorização e, numa outra via, de exteriorização, como respostas a fragmentados conceitos simbólicos no campo visual, ficam reduzidos aos estados humanos de:
1- Copiar e reproduzir;
2- Aprender somente pensamentos e não de aprender a pensar.
Ou seja, aqui se postula que, frise-se:
“Se o “homo sapiens” se diferencia dos outros animais ditos inferiores porque possui a capacidade de “evoluir do sensível para o inteligível”, nessas sociedades, ao contrário, eles estão colocados como:
1- Seres irracionais;
2- Simbólicos;
3- Limitados a apreenderem a realidade de forma fragmentada e/ou fragmentária, por meio da exigência social de respostas:
4- Aos estímulos visuais e culturais, enquanto consumidores de produtos culturais, também de forma fragmentada e/ou fragmentária.
Esses fatos talvez expliquem porque as sociedades ocidentais capitalistas contemporâneas estejam sempre mudando, através dos seus processos de “modernização e/ou industrialização” (obsolescência programada) sem, necessariamente, nesses mesmos processos, de fato, significativamente e/ou estruturalmente também mudarem, uma vez que, nelas, os seres sociais são transformados, por meio de várias instâncias institucionais, como a fábrica, a escola, etc., em seres irracionais.
Ou seja, esses processos de “mudanças imutáveis”, nessas sociedades, tornam-se visíveis quando se constata, por exemplo, que, mesmo após séculos e/ou décadas de injustiças sociais:
1- As desigualdades sociais, no Brasil, na África e na América latina, desde os períodos ditos pós-coloniais, só tem aumentado apesar dos ditos desenvolvimentos econômicos, culturais e industriais;
2- O acesso a uma educação pública, gratuita e de qualidade, nesses países, há séculos e décadas continuam sendo uma grande utopia, assim como a efetiva vontade popular nas decisões políticas, ainda que se tenha incorporado, via Estado, as idéias do sufrágio universal.
Ou seja, embora nessas sociedades, como dizem os capitalistas, tenha-se alcançado, por meio dos seres sociais, um maior acesso as ditas novas tecnologias, na mesma medida, elas, essas mesmas tecnologias, têm (já que são criadas visando-se entreter e “facilitar a vida humana”, satisfazendo as ditas “vontades” humanas) embrutecido os homens, tornando-os seres “dependentes”, visuais, irracionais, na medida em que, por meio do abuso do uso delas, fora ou dentro das fábricas ou das escolas, elas têm também abortado, castrado e/ou minimizado as suas capacidades de pensar.

NIETZSCHE PARA PROFESSORES - BOOK TRAILER

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

DIÁRIO DE UM SEDUTOR _ BIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA - BESTBOOKS - ATSOC EDITIONS

DIÁRIO DE UM SEDUTOR _ BIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA - BESTBOOKS - ATSOC EDITIONS

domingo, 12 de outubro de 2014

SEGREDOS DA SUPERAÇÃO


"É PRECISO QUE SEJAMOS NÓS MESMOS; MAS NUNCA OS MESMOS SEMPRE;
É PRECISO QUE APRENDAMOS COM OS OUTROS, MAS QUE NÃO QUEIRAMOS, NESSE MESMO PROCESSO, SERMOS CÓPIAS... DE NINGUÉM. FRISE-SE: HOJE MELHOR DO QUE ONTEM... E AMANHÃ MELHOR DO QUE HOJE..."

PARADOXOS DO MUNDO PÓS-MODERNO




OS MISERÁVEIS QUEREM ​​ PARECER RICOS;

OS NUNCA LEMBRADOS - INESQUECÍVEIS, MITOS;
OS DERROTADOS QUEREM PARECER VENCEDORES;
OS MALÉFICOS - BENFEITORES;
AS ILUSÕES - VERDADEIROS AMORES...

OS INFELIZES QUEREM GERAR RISOS;
OS FALSOS E FINGIDOS - CONFIANÇA;
OS INVEJOSOS - COMUNHÃO;
OS MEDROSOS - SEGURANÇA;
OS ROUBADORES - JUSTIÇA SOCIAL...

OS FAMINTOS QUEREM PARECER RICOS;
AS MÃES ABORTIVAS - MARIAS;
OS IRMÃOS CAIM E ABEL - SINFONIAS;
OS FRACASSADOS - BEM SUCEDIDOS;
AS SERPENTES - SEM VENENO E SEM DENTES;
OS QUE SÃO MENOS - MAIS...



AUTOR: CLEBERSON EDUARDO DA COSTA

POEMA POLÍTICO APOLÍTICO


CERTOS DE QUE O ATO DE IMPONDERAR...

CONDUZIRIA-OS À UMA VIDA PLENA,

PLANA, PRÓSPERA E DITA FELIZ...

LATROCINARAM, DEGUSTARAM...

FARTARAM-SE... DE TUDO O QUE,

MESMO NÃO SENDO DONOS, POSSUÍAM...

CONSUMINDO NÃO SÓ AS SEMENTES,

MAS TAMBÉM OS FRUTOS...



CERTOS DE QUE ESSE GENOCÍDIO...

DEVERIA SER HIPERCULTIVADO,

POTENCIALIZARAM A TÉCNICA,

SISTEMATIZARAM O MAL,

PETRIFICARAM O PENSAMENTO,

LEGALIZARAM A COVARDIA,

INDUSTRIALIZARAM O ENGANO,

VENDERAM ILUSÕES,

FRANQUEARAM-NAS AOS NEO-ESCRAVOCRATAS,

MULTIPLICARAM AS FALCATRUAS...



ENFIM, FIZERAM DO ÓCIO ANTIÉTICO E IMORAL...
 
UM ESTADO DE MAL-ESTAR SOCIAL:

TRANSFORMARAM-SE EM POLÍTICOS.





AUTOR: CLEBERSON EDUARDO DA COSTA.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

ZOROASTER - O SÁBIO MILIONÁRIO BENFEITOR

(A5, 189 P.) - Depois de ter nascido pobre, um excluído social, mas, ainda assim, mediante todas as dificuldades, conseguido estudar, formar-se, prosperar, tornando-se milionário, vivendo, depois de superada a referida pobreza mais de 15 anos na riqueza, aos exatos 40 anos, eis que, Zoroaster, após refletir exaustivamente sobre o sentido da sua vida, decide então abrir mão de tudo o que até então conquistara (as várias empresas; a sua cobertura na Barra da tijuca - local onde residia; as centenas de imóveis que possuía; os caros de luxo; as ações de grandes empresas, etc.) e voltar a levar mesma vida de homem pobre que - antes de lutar para enriquecer, até os vinte e poucos anos - tivera.

Em outras palavras, ele, Zoroaster, decide sumir pelo mundo em busca de um sentido para a sua existência que estivesse agora longe daquela luta e/ou guerra diária para ganhar mais em mais dinheiro; que estivesse longe agora daquela luta pelo acúmulo, cada vez mais, de capital nas mãos de poucos.
II
Embora talvez pareça e/ou mesmo possam querer pensar assim alguns, Zoroaster, todavia, até o que se sabe, não tinha ficado louco: tinha apenas tomado uma decisão, certamente motivado por um fato que, anos antes de tomá-la, lhe ocorrera.
Zoroaster tinha refletido, após esse ocorrido, por exemplo, sobre a ideia de que ter buscado ficar rico, sem saber direito o que era a riqueza, tinha sido um grande erro em sua vida; tinha sido uma grande ilusão de busca pela felicidade, já que nada do que até então tinha conquistado, de fato eram e, nem tampouco, por meio de ou da posse delas, o fariam ser eterno e fazer com que as pessoas que ele mais amava fossem eternas também.
Sendo assim, para ele - como agora sempre dizia - abandonar tudo tinha sido apenas uma forma de reparar esse grande erro.
III
Talvez, nesse momento, o leitor, querendo buscar o sentido da história e, na mesma via, desvendar os reais motivos ou razões que levaram Zoroaster a tomar uma atitude tão radical, esteja se perguntando, por exemplo, sobre “como pode uma pessoa que nasceu pobre, um excluído social e, ainda assim, com muito estudo, dedicação e trabalho, depois de ter conseguido superar a miséria, ficando milionário, logo em seguida, assim de repente, decidir também abandonar tudo (a vida de riqueza) e voltar para a mesma sobrevida que antes tivera?.”

Confesso ao leitor que essa questão nem mesmo eu, no início, consegui entender ou compreender. Depois, todavia, conhecendo mais profundamente as verdadeiras razões que o levaram a tomar tal decisão, cheguei à conclusão de que essa seria sim (possivelmente) uma das poucas coisas sábias que, um homem, na sua condição, naquele momento, de fato poderia fazer. E, eu, estando em seu lugar, não digo que faria o mesmo, mas que teria atitudes bem parecidas.

Sendo assim, a partir dessa breve e necessária introdução, daremos sequência à história de Zoroaster, relatando como é que ele conseguiu superar a pobreza, ficar rico e, logo depois, devido ao fato que lhe ocorrera, opta por tomar a decisão de voltar a ficar pobre.

Vamos a ela...

terça-feira, 7 de outubro de 2014

QUEM SÓ TRABALHA NÃO TEM TEMPO PARA GANHAR DINHEIRO

O PÉSSIMO INVESTIDOR: trabalha bastante, mas não colhe os frutos. Eles, os frutos do seu trabalho, vão direto para o bolso de outras pessoas. Ou seja, para os donos dos meios de produção. (COSTA, Cleberson Eduardo Da.)
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“Não vos aconselho o trabalho, mas a luta. Não vos aconselho a paz, mas a vitória. Seja o vosso trabalho uma luta! Seja a vossa paz uma vitória.” (NIETZSCHE, F.)

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(A5, 150 PÁGINAS) - O homem é o único ser que, por ser da espécie “homo sapiens”, não traz também uma pré-determinação e/ou uma natureza completa e acabada em si e, sendo assim, ao não se realizar, por falta de uma educação de qualidade, ele pode também descaracterizar-se do que é, não conseguindo “ser tudo aquilo que, justamente por ser homem, pela educação, ele poderia e/ou pode vir a ser”.
Isto é, em outras palavras, o homem pode, pela educação, humanizar-se e, sem ela, “animalizar-se” no sentido pejorativo e minimizado da palavra. Nesse sentido, uma das principais formas de animalização do homem (nas sociedades ocidentais capitalistas contemporâneas), tem sido por meio da sua expropriação (tirar-lhe a propriedade), ao vender a sua dita força produtiva de trabalho, geradora de riquezas, por um baixíssimo e/ou ínfimo valor, no dito mercado de trabalho.
Esse livro, por esta via, se proporá a, partindo-se de um histórico sobre as mudanças sobre o sentido do trabalho (nas sociedades gregas antigas, na idade média, moderna e contemporânea), demonstrar também que, mesmo no alvorecer do século XXI, os diferentes homens, na condição de proletários das sociedades capitalistas ocidentais, foram e/ou estão sendo transformados, de forma auto-consentida, em virtude da internalização em suas psiques dos valores Individualistas e Meritocráticos do capitalismo:
A-  “Em escravos assalariados do capital;
B-   Em seres irracionais, por meio da cauterização em suas mentes, de duas grandes ilusões:
1-  A primeira, internalizando-se a ideia de que labor, o trabalho dito assalariado braçal, no qual se tem um dito patrão, é não somente o único dito válido e/ou ético, mas também o dito único que realmente “dignifica o homem” (e não àqueles advindos também do exercício e/ou do ato humano de pensar, de criar, de fazer arte, de investir, etc.;
2-  A segunda, pautada na ideia de que “somente trabalhando e, trabalhando-se muito, é que se consegue sair da condição de pobreza e/ou de exclusão social”.
De forma didática, demonstraremos que, na prática, essas são duas grandes mentiras contadas pelos donos do capital para poderem continuar, como fazem há séculos, explorando a classe trabalhadora, ou seja, transformando homens em seres irracionais, escravos do trabalho, visando-se manter o “status quo da exclusão” em escala planetária.
Todavia, não ficamos somente na crítica, ou seja, apresentamos alternativas para a superação dessa condição de exclusão social, objetivando, todavia, fazer com que o excluído e/ou escravo assalariado do capital pós-moderno possa deixar de sê-lo, mas, sem, nesse caminho, querer se tornar também um escravocrata contemporâneo.
Esperamos, assim, que essa obra, “Quem só trabalha não tempo para ganhar dinheiro”, possa nos fazer pensar sobre o sentido do trabalho em nossas vidas e, também, no tipo de seres humanos que (apesar de sermos considerados seres racionais, homo sapiens) temos, ao longo da história, de fato, sidos, conseguido ser, quando colocados na condição de escravos, de servos, de proletários e/ou de “escravos assalariados do capital”.
Enfim, esperamos que essa obra, que é mais uma da série “segredos da prosperidade”, como todas as outras do autor, possa contribuir também à formação de uma geração menos escrava, mais equitativa e justa, socialmente falando e, também, na mesma medida, na mesma via, mais humana e mais emancipada intelectualmente.

PROFESSORES OU PROSTITUTOS INTELECTUAIS? - A FUNÇÃO SOCIAL ANÁRQUICA DO PROFESSOR

“O pensador é o homem de amanhã, aquele que recusa o ideal do dia, aquele que cultiva a utopia.”(NIETZSCHE, F.)


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I

(A5, 177 PÁGINAS) - Pedagogos, educadores, mestres e/ou professores são o que:
1- Homo intelectos ou Homo Faber?
2- Pensadores ou proletários?
3- Seres sociais transformadores ou meros proletários?
4- Criadores e socializadores de saberes ou meros seres adestrados, adestradores e castradores de subjetividades transcendentes?  
5- Seres intelectualmente humanizados e emancipados ou apenas cidadãos passivos, propagadores dos dogmas científicos, guardiões da cultura erudita, prostitutos intelectuais?

Se as respostas forem correspondentes às primeiras hipóteses, supõe-se haver um valor para o mestre que esteja centrado na sua função e/ou missão social transformadora, revolucionária e/ou anárquica.

Se a resposta for a segunda, colocamos o mestre:
1- numa condição de fantoche do sistema;
2- de produto social capitalista;
3- de reprodutor de saberes enlatados;
4- de proletário – como um outro qualquer - vendedor da sua dita força de trabalho e, num sentido ainda mais trágico:
5- na condição daquele que se vende e/ou que se prostitui intelectualmente. Isto é:
6-  colocamos o pedagogo, educador, mestre e/ou professor na condição daquele, castrado do seu poder de pensar, apenas responde aos estímulos de sua condição de exclusão, de fazedor de greves e de sistematizador, embora sempre diga o contrário, do “status quo” conservador enquanto conteúdo ético-pedagógico de Estado dos valores capitalistas (individualismo, meritocracia, consumismo, etc.).
II
Nesse livro, de maneira reflexiva, crítica e epistemologicamente fundamentada, discorreremos sobre alguns caminhos que se apresentam à compreensão da função social do professor e também da escola, hoje, no alvorecer do século XXI, tempo de hegemonia capitalista e, na mesma via, de novas utopias pós-modernas progressistas.

Esperamos que, esse livro, de forma direta e indireta, possa contribuir à formação de uma geração de pedagogos, mestres, educadores e/ou professores mais críticos; mais emancipados intelectualmente e, na mesma via, também mais tecnicamente competentes porque conscientes das suas funções sociais, ou seja, conscientes de, que, exercer o magistério, não é e, por isso mesmo, também não pode ser encarado como um ofício; como uma simples função ou profissão, mas como uma missão essencialmente transformadora, revolucionária e/ou anárquica.

PÉROLAS DE NIETZSCHE II - CLEBERSON EDUARDO DA COSTA

O pensador é, antes de tudo, dinamite: um aterrorizante explosivo que põe em perigo o mundo inteiro.
Friedrich Nietzsche

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O filósofo é o homem de amanhã, aquele que recusa o ideal do dia, aquele que cultiva a utopia.
Friedrich Nietzsche


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(A5, 163 PÁGINAS) - Não terei aqui, como já não tive no livro “Pérolas de Nietzsche v.1”, a pretensão de elucidar e nem tampouco de querer explicar Nietzsche, uma vez que, penso que, o mesmo, como também já dito, mas que, aqui, também se faz necessário redizer (por tão complexo e hermético que é), não pode ser traduzido. Penso mais: que, todo aquele que tem a pretensão de traduzir Nietzsche, corre também o risco de traí-lo.

Meu objetivo, sendo assim, como não poderia deixar de ser, é apenas o de buscar fomentar o diálogo e a problematização acerca de questões que, a meu ver, têm sido mal colocadas e/ou desvirtuadas por parte de muitos ditos filósofos pós-modernos a respeito dos principais axiomas de Nietzsche.

Na unidade I, de forma dissertativa, desenvolveremos proposições relacionadas aos processos de superação humana, defendidos por Nietzsche, atrelados estes ao resgate da humanidade por meio do pensar filosófico e do exercício das capacidades criativas e/ou artísticas, uma vez que, segundo o mesmo, aí estariam dadas as possibilidades (depois da anunciada, por ele, tragédia humana sistematizada na era moderna pela ciência), de redenção e/ou elevação humana.

Nas unidades II e III discorreremos sobre os sentidos da Arte e da Filosofia, como também das suas respectivas funções sociais.

Na unidade IV, sob as formas de versos e/ou prosas, apresentaremos novos trabalhos, novas ideias, epistemologicamente fundamentados – direta ou indiretamente - nos principais axiomas de Nietzsche.

Esperamos que, esse livro, assim como todas as obras do autor, possa contribuir à formação de uma geração não somente mais reflexiva e crítica do seu tempo, mas também mais humana. Esperamos também que, por meio dela, possa-se compreender que, querer buscar desenvolver a especulação filosófica e/ou o que-fazer artístico nem de longe são, como há tempos tem sido falsamente pregado pelos cientistas pragmáticos, dedicar-se à aquisição de cultura dita inútil, mas, muito pelo contrário, como diria o próprio Nietzsche:

“Caminhar-se no sentido de querer buscar a superação e/ou elevação humana, não somente no sentido singular, mas também enquanto espécie.”


NIETZSCHE PARA PROFESSORES - CLEBERSON EDUARDO DA COSTA

“A cada alma pertence um mundo; para cada alma toda outra alma é um além-mundo.” (Nietzsche, F. p, 136.)
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“Chegará o tempo em que surgirão institutos nos quais se viverá e ensinará aquilo que eu entendo por viver e ensinar.”

(Nietzsche, F.)
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(A5, 176 PÁGINAS) - Na unidade I, além de apresentarmos os preceitos pedagógicos e/ou educacionais de Nietzsche, mostraremos que, estes, essencialmente (além de não serem, pelo mesmo, concebidos como uma espécie de “Ciência da Educação”, dado que a cada alma pertence um mundo e que para cada alma toda outra alma é um além-mundo) são colocados - assim como a filosofia e a arte - como “caminhos para a elevação e/ou redenção humana”.
Ou seja, para Nietzsche, a educação, concebida como um processo prático-poiético filosófico, deve, antes de tudo, estar pautada sob uma égide pedagógica dialogicamente problematizadora da vida e, na mesma via, centrada na busca pela superação e/ou desenvolvimento - enquanto processo formativo - de subjetividades transcendentes.
Na unidade II, discorreremos sobre a, para Nietzsche - além daquele de origem grega - chamada “grande tragédia humana da era moderna” (agora pós-moderna), isto é, sobre as, identificadas por nós em suas obras, ditas “Cinco maneiras distintas de ação irracional”, sistematizadas socialmente estas, ainda hoje, nas sociedades capitalistas ocidentais, como um “valor social”.
A partir da unidade III, discorreremos, segundo Nietzsche, sobre o conceito de “Mediocridade” existente no homem e, na mesma via, traremos também à luz nossas proposições sobre a, também identificada por nós, “Pedagogia das três transformações do espírito”.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

O EXERCÍCIO DA ARTE ENQUANTO PROCESSO DE ELEVAÇÃO E/OU SUPERAÇÃO HUMANA - NIETZSCHE


O exercício da Arte, embora não seja do conhecimento de muitos, coloca o homem em sintonia com a sua humanidade, com a sua condição de homem de fato, de ser racional. 

Pode-se ainda, sem exageros, dizer que é por meio do exercício da arte que o homem se humaniza e/ou caminha rumo à construção da sua humanidade.

Nietzsche, por exemplo - através da sua filosofia da superação humana -, coloca o valor da Arte, para o homem, exatamente nesse contexto, ou seja, no da condição para a elevação e/ou superação por meio do exercício dela.

Para ele, o que há de grande valor no homem é o fato dele (diferentemente de todos os outros animais, que são seres completos e/ou predeterminados por suas naturezas) ser uma ponte e não um fim. Isto é, o fato dele, do homem, ser uma passagem e não um acabamento e, portanto, por ser algo que precisa ser construído.

Todavia, na mesma medida, Nietzsche faz uma crítica severa à sociedade de sua época, pelo fato da mesma, segundo ele, ter feito com que os homens abandonassem e/ou abortassem às suas capacidades criativas e se tornassem, numa outra via paradoxal às suas racionalidades, escravos das coisas que eles mesmos criavam e criam, impedindo, assim, que todos os homens, no sentido macro e genérico do termo, evoluíssem, evoluam e/ou se superem enquanto indivíduos e espécie.

Escreveu-nos Nietzsche, no seu conhecido livro “Assim falou Zaratustra” sobre o Ser homem, dizendo:

“Percorrestes o caminho que medeia do verme ao homem, e ainda em vós resta muito de verme. Noutro tempo foste macaco e, hoje, o homem é mais macaco do que todos os macacos. (...) O homem é um ser superável. O que fizeste para superá-lo?” (Nietzsche, Friedrich. Assim falou Zaratustra. P. 25)

Ou seja, para Nietzsche “criar é ultrapassar-se e, sendo assim, a criatura deve sempre buscar prevalecer sobre o seu criador”.

Para ele, o homem deve amar o ato de conhecer e, nesse sentido, ele, esse mesmo homem, ao buscar conhecer, deve também desprezar o próprio eu que constrói, ou seja, o homem deve, buscando sempre a sua superação, ser capaz de criar um caos dentro de si por meio do exercício ou da prática da arte. Escreveu-nos também ele:

“Eu vos digo: é preciso ter um caos dentro de si para poder dar luz uma estrela cintilante... tenha um caos dentro de vós. O criador procura companheiros, não procura cadáveres, rebanhos... procura colaboradores que escrevam valores novos nas tábuas novas. (p. 28-33)

Para Nietzsche, como se percebe, a arte não é somente o que permite ao homem transformar a vida, mas também o que lhe permite poder, por meio dela, superar-se ao renová-la por intermédio do exercício pleno – que para ele é também vital – do seu processo criativo. Ou seja, o exercício e/ou a prática da arte, para ele:

1-   É o mesmo que a afirmação da vida;
2-   É o mesmo que afirmação das potencialidades humanas;
3-   É o mesmo que vontade de potência;
4- É o mesmo que a afirmação da vontade necessária de superação constante rumo ao que ele convencionou chamar de super-homem, o chamado super-homem Nietzschiano.

Para Nietzsche, fazer arte é potencializar a própria vida, ao acrescentar-lhe, por meio dela, novos valores e, nesse sentido, quebrar as velhas tábuas dos mesmos.

Enfim, a arte, antes, durante e depois de tudo, foi, é e será sempre um mecanismo de afirmação da vida e/ou, num outro viés, o não exercício dela, um fator de negação e/ou aceitação da morte.

Nas palavras de Ernest Fischer, complementando as apreciações de Nietzsche:


“(...) Enquanto a própria humanidade não morrer, a arte não morrerá.” (FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. 6ª Ed. Rio de Janeiro. Zahar, p. 245-254)

sábado, 19 de julho de 2014

CRIAR É SE SUPERAR - NIETZSCHE - CLEBERSON EDUARDO DA COSTA


Não tenho aqui a pretensão de elucidar e nem tampouco de explicar Nietzsche, uma vez que, penso que, o mesmo, por tão complexo e hermético que é, não pode ser traduzido. Penso mais: que todo aquele que tem a pretensão de traduzir Nietzsche corre também o risco de traí-lo.

Meu objetivo aqui é apenas fomentar o diálogo e a problematização acerca de questões que, a meu ver, tem sido mal colocadas e/ou desvirtuadas por parte de alguns ditos filósofos pós-modernos a respeito dos principais axiomas de Nietzsche.

Nietzsche, embora não saibam muitos, critica a moral judaico-cristã e também os auspícios da ciência no que se refere à busca desta pela verdade. Todavia, sua crítica, em nenhum momento, o coloca na condição daquele que faz apologia às imoralidades, às libertinagens e/ou à criação de novos dogmas para serem postos como ditas verdades.

I - Sua obra o "Anticristo" não se trata de uma apologia ao ateísmo, mas de uma visão sobre o que fizeram de Deus e também de uma configuração sobre o niilismo provocado pelo Antropocentrismo ao Teocentrismo com o surgimento da era moderna. Nietzsche, por exemplo, diz-nos: "(...) Eu somente creria num Deus que soubesse dançar..." 

II - Vontade de potência, em Nietzsche, diz respeito à importância da busca do homem pela sua superação enquanto ser humano, ou seja, diz respeito ao alcance da plenitude de sua humanidade. E ele nos diz: "O homem é uma ponte e não um fim... O homem é uma ponte que vai do animal para além dele mesmo... e é perigosa essa travessia..." 

III - Ser "humano, demasiado humano", para Nietzsche, não é um Ser se tornar escravo dos seus próprios maus e/ou supostamente auto ditos bons instintos; não é se tornar escravo do seu próprio corpo, dos seus desejos, ainda que se julgando, nesse tortuoso caminho, estar seguindo em oposição férrea às ideias e/ou aos ditos ideais Platônicos. Ser “humano, demasiado humano”, para Nietzsche, frise-se: é apenas pôr-se a exercitar-se como artista, isto é, é buscar ser capaz de criar e recriar novas formas possíveis de existência. Para Nietzsche, voltar-se para a arte, para o “que fazer artístico”, para a criação de novos sentidos para a vida, já é questionar e/ou revolucionar todas as formas antigas ou modernas estabelecidas de ditas verdades.

IV - Nietzsche diz-nos mais: "se criar é ultrapassar-se, a criatura deve sempre buscar prevalecer sobre o seu criador." 

V - Para Nietzsche, todo aquele que cria valores novos, inevitavelmente destrói e/ou questiona aqueles que, anteriormente, tinham sidos criados. Entretanto, o super-homem defendido por Nietzsche não deve ser entendido como um corruptor, mas apenas como um legislador de novos sentidos e não como um suposto criador de novas ditas verdades.

VI - Nietzsche, em vários dos seus escritos, fala-nos, por exemplo, da necessidade da existência de três transformações no espírito e, sob as quais, deve ou deveria passar o Ser humano, a saber:
1- o camelo;
2- o leão;
3- a criança.

Numa espécie de metáfora por Nietzsche criada, o camelo, com um número excelso de cargas sobre as costas, está representado pelos homens de cultura judaico-cristã que, sob a forma de dogmas e/ou verdades ditas eternas e imutáveis, as carregam e propagam-nas enquanto valores absolutos.

O leão, para Nietzsche, está representado pelos homens da era moderna e/ou agora pós-moderna que, motivados pelas ideias antropocêntricas, ao mesmo tempo em que negam e esforçam-se para destruir as ditas verdades judaico-cristãs, colocam em seu lugar, também na condição de dogmas, os ditos valores e/ou saberes científicos.

A criança no espírito, para Nietzsche, é colocada "como um começar de novo; como uma roda rodando por si mesma; como um dizer não diante do que impede o homem de tomar sobre si a sua humanidade", que é entendida como o desenvolvimento, em si, das capacidades de questionar, de dialogar e de criar novos sentidos. 

Criar novos sentidos, para Nietzsche, como talvez possam pensar muitos, não diz respeito a "inventar ditas novas pessoais e/ou subjetivas verdades" e, na mesma via, se tornar escravo delas, como o fazem as pessoas que possuem Camelos e/ou Leões em seus espíritos.

VIII - Para aqueles que acham que Nietzsche pregou ou prega a imoralidade, a amoralidade, a promiscuidade, a poligamia e a libertinagem, enganam-se: ele, Nietzsche, num dos seus escritos, diz-nos:

"Se teus cães selvagens estão prontos, loucos para saírem de dentro de ti, querendo ladrar... é porque ainda não conheces de fato o que é o super-homem..."

Em seguida, ele complementa-nos dizendo:

"Não vos aconselho que mateis os sentidos, mas que haja inocências em vossos sentidos." 

É fato que muitos chamaram Nietzsche de louco. Para estes, Nietzsche, “humano, demasiado humano” que sempre procurou ser, apenas respondia-lhes:

"(...) O que dizem em mim ser  loucura, chamo-a 

apenas de saúde interior..."

terça-feira, 8 de julho de 2014

CATÁSTROFE NA ESCOLA: A NEGAÇÃO CONSENTIDOS DOS DIREITOS À HUMANIZAÇÃO & À EMANCIPAÇÃO INTELECTUAL

A obsolescência programada, baluarte da globalização e um dos principais fundamentos do mundo Neoliberal e Neo-pós-moderno capitalista, trouxeram para a sociedade planetária problemas que ela não soube e não sabe resolver.
Problemas estes relacionados não somente as questões humanas, sociais e econômicas, frente ao Individualismo e à Meritocracia (valores propagados pelo capital), mas também e, sobretudo, problemas ambientais; do mundo físico, consequentes da Mercantilização de todas as coisas, materiais e imateriais; consequentes da busca antiética pelo lucro certo, pelo lucro a qualquer preço.
Nesse cenário de catástrofes humanas, sociais e ambientais, surge e apresenta-se outra catástrofe: a catástrofe da escola.
Ou seja, numa era onde se impera a ética do Individualismo e da Meritocracia, como sendo, de fato, sinônimos da justificativa da exclusão, a escola se torna ideológica, na medida em que é especificamente concebida pelo Estado Mínimo Capitalista como o lugar onde os preceitos de humanização e emancipação intelectual são abortados, dinamitados; e, numa outra via, sistematizado o corolário capitalista como seu conteúdo ético-pedagógico.
A globalização Neoliberal, ao mesmo tempo, que trouxe à possibilidade de mostrar os diferentes e/ou as diferenças culturais planetárias, nos seus diferentes povos, por outro lado, associada às políticas capitalistas de expansão de mercados consumidores, paradoxalmente potencializou o desenvolvimento do individualismo, do consumismo, do hedonismo antivirtuoso, do narcisismo, do genocídio, do xenofobismo e dos nacionalismos, levando as sociedades do capital para longe da capacidade de coexistir, de tolerar, de respeitar as diferenças.
Nesse sentido, a desumanização imperou como conteúdo ético capitalista em escala global, planetária, sob a insígnia de repúblicas democráticas capitalistas, comparadas a democracia Ateniense, do mundo Grego, onde aproximadamente noventa por cento dos habitantes não eram considerados cidadãos plenos e, portanto, não participavam dos rumos e/ou das decisões da polis por questões nacionalistas, de autoctonia, anticosmopolitas, sendo estas justificadas pela premissa da busca da autopreservação enquanto sociedade.
À volta a esse tipo de nacionalismo xenofóbico, exacerbado e centrado em si, de “glória do eu mesmo” e de “desprestígio do outro”, por meio dessa Globalização Neoliberal Capitalista, entrou pelas veias dos diferentes povos, como uma espécie de chip da ignorância contra os diferentes e as diferenças; contra os estrangeiros, ou seja, contra os ditos estranhos; contra os ditos inimigos em potencial; contra os não “Eus” que, pela globalização, passaram a ter que enxergar, sistematizando a sociedade dos mesmos, transformando, pela coação, pela educação ou pela coerção, o outro no mesmo.
Princípios de sustentabilidade, biodiversidade, educação ambiental, tolerância e respeito às diferenças passaram então a ser perseguidos como ideais biófilos por uma pequena parcela social e, em outra, por parte dos capitalistas, tentando mascarar suas reais responsabilidades, jogando a solução desses problemas para a sociedade, sabendo que a mesma não tem condições de resolvê-los.
Redefinições no caráter da educação, no papel da escola e no que diz respeito à função social do professor, passaram a soar como um imperativo, na medida em que a condição humana desumanizada passou a ser percebida como um produto da sociedade do capital, demonstrando a impotência da escola no enfrentamento desse problema.
Ou seja, a escola, hoje, nas sociedades do capital, é catastrófica porque reflete e reproduz essa sociedade perversa, corrompendo, impedindo o indivíduo que nela entra de educar-se de fato, de humanizar-se, de emancipar-se intelectualmente, ou seja, de poder desenvolver-se, desenvolvendo em si uma condição humana verdadeiramente humanizada.
A escola, hoje, não passa de um sofisma grego: o ideal da estátua. O ideal de poder vir a ser o eu mesmo, o mesmo sempre; ou então de ser o outro, de poder ser o outro completamente.
Isto é, a escola prega a missão, hoje, no mundo do capital, de poder transformar gruas em cisnes, mascarando o caráter perverso do capitalismo, uma vez que ela, na verdade, simplesmente cria estigmas, cristaliza ilusões, sistematiza e justifica a exclusão ao, através dos diplomas e dos currículos, dizer, enganosamente quem é inteligente e quem não é; quem terá sucesso e quem não terá; quem será incluído e quem não será.
Em todas as suas línguas, como o estado capitalista, a escola mente. Exatamente aí está à catástrofe da escola, a Pedagogia da Mediocridade.
O que se sinaliza é que, sem que a Escola venha procurar conhecer a si mesma, difícil será vislumbrar novas possibilidades de transmutação.
Repensar e redefinir os valores sociais, as políticas educacionais, eis os grandes imperativos da educação para e Escola na era dos Estados capitalistas.
Todavia, como veremos as instituições educativas, como sendo ideologicamente reprodutoras e não transformadora da sociedade do capital; como sendo reprodutora dos valores Individualistas e Meritocráticos do capitalismo, como salientaram vários intelectuais como Paulo Freire, no seu livro Pedagogia do oprimido e Pablo Gentili, no seu livro Pedagogia da exclusão, fracassa nesse processo, ou seja, ao invés de educar, deseduca, ao invés de humanizar, desumaniza, ao invés de ensinar a pensar, adestra e treina o indivíduo para ter pensamentos.
Ou seja, a escola, não transforma a sociedade do capital, mas submete-se aos seus valores, reproduz e sistematiza-a com todas as suas mazelas sociais.

 

Tema:FilosofiaCiências Humanas e SociaisDesenvolvimento HumanoPalavras-chave:emancipaÇÃo, humanizaÇÃo, intelectual

Ps. texto introdutório, parte do livro "Catástrofe na Escola: a negação consentida de direitos, de Cleberson Eduardo da Costa, à venda, em todo o mundo, impressos e kindle, inglês e Português, via www.amazon.com