“O pensador é o homem de amanhã,
aquele que recusa o ideal do dia, aquele que cultiva a utopia.”(NIETZSCHE,
F.)
________________________________________________________________________________
I
(A5, 177 PÁGINAS) - Pedagogos, educadores, mestres e/ou
professores são o que:
1- Homo intelectos ou Homo Faber?
2- Pensadores ou proletários?
3- Seres sociais transformadores ou
meros proletários?
4- Criadores e socializadores de saberes
ou meros seres adestrados, adestradores e castradores de subjetividades
transcendentes?
5- Seres intelectualmente humanizados
e emancipados ou apenas cidadãos passivos, propagadores dos dogmas científicos,
guardiões da cultura erudita, prostitutos intelectuais?
Se as respostas forem correspondentes às primeiras hipóteses, supõe-se haver um valor para o mestre que esteja centrado na sua função e/ou missão social transformadora, revolucionária e/ou anárquica.
Se a resposta for a segunda, colocamos o mestre:
1- numa condição de fantoche do
sistema;
2- de produto social capitalista;
3- de reprodutor de saberes enlatados;
4- de proletário – como um outro
qualquer - vendedor da sua dita força de trabalho e, num sentido ainda mais
trágico:
5- na condição daquele que se vende
e/ou que se prostitui intelectualmente. Isto é:
6- colocamos o pedagogo, educador, mestre e/ou professor na condição daquele, castrado do seu poder de pensar, apenas responde
aos estímulos de sua condição de exclusão, de fazedor de greves e de
sistematizador, embora sempre diga o contrário, do “status quo” conservador
enquanto conteúdo ético-pedagógico de Estado dos valores capitalistas
(individualismo, meritocracia, consumismo, etc.).
II
Nesse livro, de maneira reflexiva,
crítica e epistemologicamente fundamentada, discorreremos sobre alguns caminhos
que se apresentam à compreensão da função social do professor e também da
escola, hoje, no alvorecer do século XXI, tempo de hegemonia capitalista e, na
mesma via, de novas utopias pós-modernas progressistas.
Esperamos que, esse livro, de forma direta e indireta, possa contribuir à formação de uma geração de pedagogos, mestres, educadores e/ou professores mais críticos; mais emancipados intelectualmente e, na mesma via, também mais tecnicamente competentes porque conscientes das suas funções sociais, ou seja, conscientes de, que, exercer o magistério, não é e, por isso mesmo, também não pode ser encarado como um ofício; como uma simples função ou profissão, mas como uma missão essencialmente transformadora, revolucionária e/ou anárquica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário