"LER, OUVIR, PENSAR, SENTIR, IMAGINAR, SONHAR E REALIZAR..." (CLEBERSON EDUARDO DA COSTA) - "A INTELIGÊNCIA É A VIDA QUE CLARIFICA A PRÓPRIA VIDA"(NIETZSCHE)
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
POR QUE OS POBRES MORREM POBRES?
POR QUE OS POBRES MORREM POBRES?
I - DIFERENÇAS ENTRE PESSOAS POBRES (OU
DE CLASSE MÉDIA BAIXA) E PESSOAS MISERÁVEIS.
Segundo
estudos mais recentes da ONU (organização das nações unidas), uma pessoa considerada
miserável, em termos econômicos (diferentemente de uma pessoa dita pobre), é
aquela que sobrevive (e não vive), com menos de um ou dois dólares ao dia,
destituída de adequada condição de vida, saúde, educação,etc.
Já
uma pessoa considerada pobre ou de classe média baixa, diferentemente, é aquela
que, além de possuir renda superior a da dita pessoa miserável e levar uma vida
minimamente digna, participa, por meio de atividades laborativas formais ou
informais, da vida econômica da sociedade.
Isto
é, o dito miserável, diferentemente de uma pessoa considerada pobre ou de
classe média baixa, é aquele que, por insuficiência de recursos financeiros, sem
ter condições básicas de subsistência:
1-
Está automaticamente fora do jogo econômico
capitalista;
2-
Está automaticamente fora da vida social e
da vida economicamente ativa;
3-
Está sem condição de cumprir os seus
deveres e, na mesma via, de fazer valer ou exercer os seus direitos plenos de
cidadão (ou mesmo de consumidor).
Nesse
sentido, ser considerado miserável é muito pior do que ser dito pobre ou de
classe média baixa, uma vez que, pensa-se aqui, frise-se:
“A situação de
miserabilidade, em mais de 99% dos casos, só se resolve com políticas públicas
ou ações filantrópicas não paliativas que caminhem nessa direção; e a superação
da pobreza, em contrapartida, depende, na maioria das vezes, apenas da
determinação do indivíduo em querer buscar se superar e/ou melhorar de vida ao
longo da sua existência dita produtiva ou proletária.”
Em
outras palavras, a pessoa pobre ou de classe média baixa, ainda que viva de
maneira precária ou como excluída social em relação às ditas de classe médias
altas ou ricas, possui renda maior ou superior a da pessoa dita miserável, além
de moradia e condições de vida minimamente dignas, como também acesso à saúde e
educação.
As
pessoas miseráveis, na maioria das vezes, diferentemente das pessoas pobre ou
de classe média baixa, encontram-se vivendo nas ruas e/ou em condições sub-humanas:
condições que não as permitem – sem auxílio externo privado ou público –
superá-las.
Em
síntese, assim como não se pode comparar economicamente uma pessoa rica com uma
pessoa pobre ou de classe média baixa, não se pode também comparar uma pessoa pobre
com uma que sobrevive em situações de miséria, embora ambas possam ser, em
sentido macro, classificadas como sendo excluídas sociais.
II –PERMANECER POBRE, DEPOIS DE
ALCANÇADA A IDADE DA RAZÃO, É FRUTO DE UMA OPÇÃO OU MÁ FÉ.
Em
todo caso, pensa-se, nascer pobre ou miserável no mundo atual é uma
consequência direta, em mais de 90%, do capitalismo selvagem, e apenas aprox.
10% ocasionados por fatores ditos como “falta de sorte”, “azar”, “pecado
cometido pelos antepassados”, preguiça ou falta de sapiência dos pais, condições
ambientais, políticas ou climáticas desfavoráveis, etc.
Quaisquer
outras hipóteses que, em maior grau, visem culpar os pobres e miseráveis pelas
suas condições de exclusão social (e não o sistema capitalista), estarão
fazendo apologia da meritocracia e continuando a mascarar o caráter perverso e
egoísta da ética ou ótica da doutrina econômica de acumulação e concentração do
capital cada vez mais nas mãos de poucos, que é própria do capitalismo.
Entretanto,
pensa-se também que, permanecer pobre, a parir do momento em que se chega à
idade da razão, é, ainda que tentando se abster de culpa, uma opção, um estado
de conformismo e/ou de falta de entusiasmo para buscar se superar.
Isto
é, o miserável, como já dito, mas que aqui ainda se faz necessário redizer, diferentemente
da pessoa pobre, para poder se superar ou sair da condição degradante em que se
encontra, precisa de auxílio externo (caridades não paliativas ou acesso a
políticas públicas). Já a pessoa pobre, para poder se superar, prosperar ou
deixar de ser uma escrava assalariada do sistema capitalista, precisa, em
grande parte, na maioria das vezes, apenas dela mesma: de uma decisão pessoal.
Pessoas
pobres ou de classe média baixa, ao contrário das miseráveis, por exemplo, possuem
algum tipo de renda, fruto de aposentadorias, auxílios, atividades laborais
formais ou informais, etc.
Pessoas
pobres ou de classe média baixa têm conta em banco, cartões de crédito, vidas
de consumo e, portanto, estão ativas dentro do sistema econômico.
Pessoas
pobres ou de classe média baixa, presas aos processos de consumo da obsolescência
programada, pagando sempre altos juros às instituições financeiras, não só ao
parcelarem, mas também ao pagarem atrasadas suas contas, enriquecem não a elas
próprias, mas aos banqueiros e investidores especulativos.
Tanto
as pessoas miseráveis quantos as pobres ou de classe média baixa precisam da
tomada de consciência crítica. Entretanto, somente as primeiras precisam, além
da vontade própria, também de ajuda econômica para poderem sair da situação em
que estão. As pobres ou de classe média baixa, diferentemente, precisam apenas,
na maioria das vezes, de uma tomada de atitude, ou seja, da tomada de uma
decisão visando ajudarem a si mesmas.
III – SE VOCÊ ESTÁ OU VIVE EM
CONDIÇÕES DE MISERABILIDADE, ESSE LIVRO NÃO FOI ESCRITO PARA VOCÊ.
Se
você nesse momento se encontra sobrevivendo (e não vivendo), ou seja, caso você
se encontre em condição de miséria, certamente você deverá ler esse livro e
tirar algum proveito dele. Saiba, porém, que ele não foi escrito para você.
Nesse
caso (caso se esteja na miséria), antes de buscar tomar uma atitude em prol da
superação da sua condição econômica, busque ajuda externa (de pessoas ou
entidades que possam fazê-las ou mesmo do poder público). Isto é, para poder
estar em condições de promover a sua superação, primeiramente você precisa
estar vivendo em condições minimamente dignas.
Por
que essa observação?
Porque
esse livro, como já dito, foi escrito para pessoas consideradas pobres ou de
classe média baixa (e não para pessoas que estão ou vivem em condições de
miséria).
Ele
foi escrito para pessoas que, mesmo trabalhando e/ou tendo acesso a algum tipo
de renda, não sabem como fazer para prosperar, ou seja, não sabem como fazer o
dinheiro que elas ganham gerar mais dinheiro para elas.
A
realidade das últimas décadas tem sido trágica: muitas das pessoas pobres ou de
classe média baixa, por falta de conhecimentos básicos sobre finanças, têm não
somente permanecido pobres ao longo das suas vidas proletárias, mas também
regredido: se tornado miseráveis.
Nos
últimos tempos os números de pessoas ricas só tem diminuído, assim como também inversamente
o volume de riquezas por elas controladas. Ou seja, nas sociedades capitalistas,
a cada dia mais e mais pessoas estão ficando pobres e miseráveis e, na mesma
via, concentrando-se riquezas cada vez mais riquezas nas mãos de poucos.
Cleberson Eduardo da Costa
domingo, 20 de agosto de 2017
DEZ LIÇÕES SOBRE DERROTAS E VITÓRIAS
Dez
(10) lições sobre derrotas e vitórias, um romance filosófico,
assim como tantas outras obras do autor, nasceu a partir de um momento de
náuseas – caos existencial – no qual todo ser pensante, mais cedo ou mais
tarde, tende a passar e onde todos os nossos valores são postos em xeque, sendo
passíveis de quebras, a marteladas, como nos diria Nietzsche. Depois
das náuseas e do caos, só resta ao Ser três possibilidades:
A) Voltar
a ser ele mesmo;
B) Tornar-se
patológico; Ou, num outro víeis profícuo:
C) Transcender.
Na
primeira, o ser não evolui: quer ser ele mesmo; o mesmo eu sempre. Na segunda,
o ser perde a lógica da razão e aprisiona-se no seu próprio mundo. Na terceira,
o ser transcende, isto é, passa a querer criar e dar um sentido à sua própria existência.
Em
outras palavras, quando a gente de fato muda ou procura mudar:
1- descobre que nem todo trabalho
"dignifica" o homem;
2- que nem toda distância é
ausência;
3- que
nem todo silêncio é esquecimento;
4- que
nem todo dito amor eterno é insubstituível;
5- que
nem toda dita alegria e/ou felicidade é verdadeira;
6- que
nem tudo que dizem ser um mal em nossa vida de fato o é;
7- que
nem todos os que se mostram bons de fato são...
8- quem
nem toda aparente beleza que nos cativa é real...
9- que,
na maioria das vezes, sofremos, fracassamos e/ou não prosperamos:
10- por maus hábitos;
11 - porque queremos e/ou gostamos
(ignorância e/ou loucura);
12 - por falta de amor próprio;
13 - por falta de fé em Deus;
14 - por falta de amor à vida;
15 - por incapacidade de virar à
página;
16 - por incompetência para
recomeçar;
17 - por medo de errar;
18 - por falta de motivação para
buscarmos ser melhores do que somos e/ou temos conseguido ser;
19 - por sempre nos colocarmos como
vítimas e/ou como "coitadinhos" diante dos problemas e/ou das
adversidades da vida...
20 - porque acreditamos no destino,
ou seja, "que algumas pessoas nasceram para sofrer e outras não..."
(diante dessa crença, permanecemos inertes, isto é, como ditos reféns do
mesmo).
O autor
SOBRE
O AUTOR
CLEBERSON
Eduardo da Costa (mais de 100 livros publicados, muitos deles traduzidos para
outros idiomas) é natural do Rio de Janeiro, formado pela UERJ (Universidade do
Estado do Rio de Janeiro/1995-1998), Pós-graduado em educação, Pós-graduando em
Filosofia e Direitos Humanos, Pesquisador, Professor universitário,
Especialista em metodologia do ensino superior, Pedagogo, Livre-pensador,
Licenciado em Fundamentos, Sociologia, Psicologia e Filosofia da educação,
Didática, EJA (educação de Jovens e adultos), etc.
Além disso,
foi aluno Especial do Mestrado em Educação (1999-2001/PROPED/UERJ), matriculado,
após aprovação em concurso, nas disciplinas [seminários de pesquisa] “ESTATUTO
FILOSÓFICO” (ministrado e coordenado pela professora Drª Lilian do Vale); e “POLÍTICAS
EDUCACIONAIS NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA” (ministrado e coordenado pelo
professor Dr. Pablo Gentili).
Estudou
também no curso de MBA em Gestão Empresarial pela FUNCEFET/RJ/Região dos Lagos
(2003-2005); no curso de Pós-Graduação em Administração e Planejamento da
Educação pela UERJ (1999-2000); e realizou vários cursos livres e/ou de
aperfeiçoamento nas áreas da filosofia e da psicanálise por instituições
diversas, entre elas a FGV (Fundação Getúlio Vargas) e a SBPI (sociedade
brasileira de psicanálise integrada).
De 1998 a
2008, atuou como professor de ensino superior (Instituto Superior de Educação
da UCAM/universidade Cândido Mendes) nos campos universitários de Niterói, Nova
Friburgo, Araruama, Rio de Janeiro, Teresópolis, Rio das Ostras, etc. Participou
(em sua trajetória profissional e/ou intelectual acadêmica) de diversas
pesquisas, como, por exemplo, o projeto UERJ-DEGASE, relativo à (EJA) e também
em pesquisas centradas em problemáticas políticas, filosóficas e pedagógicas
com professores renomados, como Pablo Gentili (UERJ/CLACSO), Cleonice Puggian
(UNIGRANRIO), Carla Imenes (UEPG), Cristiane silva Albuquerque (UERJ), entre
muitos outros.
Atualmente
dedica-se à docência universitária; a pesquisas em educação; a consultorias
relativas à educação, no sentido do aprimoramento, da superação e do
desenvolvimento humano; à realização de palestras acadêmicas e
multiorganizacionais e à produção de obras nos mais diversos campos do saber.
clebersonuerj@gmail.com
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
FILOSOFIA DO AMOR
Por
que filosofia do amor? Não é de hoje que o amor, embora não propriamente o amor
entre homem e mulher, tem sido objeto de estudo e/ou de reflexão por parte de diversos
filósofos.
Platão,
por exemplo, em sua obra “O Banquete” traz à tona, por meio de Sócrates,
filósofo de quem fora discípulo, a gênese do ideal de amor que é hoje conhecido
como o “amor platônico”. Segundo Platão, quando somos jovens tendemos a nos
apaixonar ou amarmos pessoas fisicamente atraentes, mas essa obsessão pelo
corpo passa com o tempo, isto é, começamos, com o avanço da idade, a valorizarmos
mais a alma ou chamada “beleza interior das pessoas”.
Para
o filósofo Aristóteles, diferentemente de Platão, o melhor amor está na
amizade, ou seja, no fato de duas ou mais pessoas se unirem em busca da verdade
e/ou de um ideal comum.
Já
para Schopenhauer, filósofo do século XIX, em sua obra “O mundo como vontade e representação”, o que muitos hoje chamam de
sentimento amoroso é apenas a tradução de um radical impulso sexual visando-se
à reprodução da espécie. Ou seja, o amor, para esse filósofo, é o objeto único
de quase toda a representação humana e, em nome dele, interrompem-se as tarefas
mais sérias e desorientam-se os homens de mentes mais geniais. Nas palavras de
Schopenhauer:
“(O amante) imagina que se esforça e se
sacrifica por seu próprio prazer, mas tudo que faz, na verdade, é guiado pela
reprodução da espécie”.
Para
Jean–Paul Sartre, filósofo existencial-humanista do século XX, o amor, o dito
contemporâneo amor, não passa de um “ideal irrealizável” na prática, na vida
concreta, pois sempre tendemos a querer algo impossível das pessoas que
acreditamos amar. Em outras palavras, segundo Sartre, na mesma medida em que somos
atraídos pela liberdade e independência que nas pessoas admiramos ou amamos,
tentamos também privá-las dessa mesma liberdade e independência quando as
conquistamos ou criamos um relacionamento amoroso.
Nietzsche
(1844-1900), o filósofo alemão que teceu uma crítica radical à cultura do seu
tempo mas que ainda continua mais contemporâneo do que nunca, certa vez
escreveu que “no amor e na guerra a mulher é mais bárbara do que o homem”,
colocando o sentimento amoroso como uma espécie de força vital (vontade de
potência) que faz com que o amante se sinta em um campo de batalhas na busca da
suposta pessoa amada. Nietzsche foi ainda mais enfático ao dizer que “tudo
o que se faz por amor está além do bem e do mal”.
Como
se vê, poderíamos aqui enumerar uma série de grandes filósofos, e também de
poetas, que teorizaram sobre o amor, mas a temática não se esgotaria, ou seja,
ela continuaria inextinguível, exigindo de nós sempre novas reflexões. E esse,
sem dúvida, é um dos grandes motivos pelos quais foi desenvolvido esse trabalho.
II
A
obra, construída a partir crônicas, contos, ensaios e poemas, ora faz-nos
refletir e emocionar e, em outras, duvidar e até mesmo problematizar as novas relações
socioafetivas que estão presentes no agora dito mundo pós-moderno capitalista em
que se vive. Ela traz, assim como tantas outras criações do autor, um amálgama
explosivo de filosofia com literatura: as por ele criadas e chamadas
“Poesofias”.
Espera-se
que ela possa de alguma forma contribuir à formação de uma geração mais
humanizada, fraterna, respeitosa das diferenças, solidária, socialmente
equitativa, politicamente participativa e intelectualmente emancipada.
Os
editores
SOBRE O AUTOR
O autor (mais de 100 livros publicados, muitos
deles traduzidos para outros idiomas) é formado pela UERJ (Universidade do
Estado do Rio de Janeiro), pós-graduado em educação, pesquisador, professor
universitário, especialista em metodologia do ensino superior, licenciado em fundamentos,
psicologia, sociologia e filosofia da educação, didática, educação de jovens e
adultos, etc.
Participou de diversas pesquisas acadêmicas,
centradas em problemáticas filosóficas pedagógicas, com professores renomados,
como Pablo Amadeu Gentili (UERJ), Cristhiane silva Albuquerque (UERJ), Marco
Antonio Marinho dos Santos (OCA/RJ), entre muitos outros. De 1999 a 2008, atuou
como professor no instituto superior de educação da UCAM (universidade Candido
Mendes), nos campos universitários de Niterói, nova Friburgo, Araruama, Rio de
janeiro, Teresópolis, Rio das ostras, etc.
Nesse
universo etnocêntrico, através de pesquisas paralelas à atividade docente,
desvelou problemáticas educacionais significativas a respeito das políticas de
formação de professores, tanto na capital quanto no interior do estado do Rio
de Janeiro. Escreveu trabalhos como “a caridade da educação e a educação da
caridade”; “metodologia participava”; “fundamentos epistemológicos de
Aristóteles”, etc.
Atualmente dedica-se à docência universitária, a
pesquisas em educação e à produção de obras literárias, filosóficas e
científicas.
segunda-feira, 5 de junho de 2017
PEDAGOFILOSOFIA CLÍNICA - Psicanálise pedagógico-filosófica existencial-humanista
I
Fruto de anos de estudos e pesquisas nas áreas da sociologia,
psicologia e filosofia da educação, assim como também na EJA (educação de
jovens adultos), o livro, um aprofundamento de pesquisa que tem como base a
tese de doutorado “Filosofia Antropológica e Educação: um estudo sobre o
pensamento de Nietzsche e a cultura”, do mesmo autor, explicita diferentes e
importantes temáticas no universo da psicanálise existencial-humanista
(pedagofilosofia clínica), e que – enquanto amálgama – se coadunam:
1-
A busca pelo
entendimento do homem a partir da perspectiva fenomenológica de Husserl, desenvolvida
esta a partir do pensamento Kant (ou neokantismo, cujas bases epistemológicas
se encontram na obra crítica da razão pura e outras).
2-
A prática psicanalítica pedagógico-filosófica
existencial-humanista, enquanto tratamento psicoterápico, como contraponto,
crítica e superação à psicanálise freudiana, isto é, fundamentada
epistemologicamente:
A - Nos existencialismos de Kierkegaard, Heidegger, Sartre
e outros filósofos existencialistas;
B - No pensamento filosófico ontológico de Nietzsche;
C - E nos procedimentos e/ou recursos didático-metodológicos
da educação de jovens e adultos, especialmente naqueles que dizem respeito às
relações que envolvem ensino-aprendizagem e o desenvolvimento das consciências
críticas de si e de mundo.
II
Ou seja, para a pedagofilosofia clínica (psicanálise pedagógico-filosófica
existencial humanista), já que o conhecimento é fenomênico; já que a nossa consciência
é doadora de sentido; já que toda consciência é consciência “de”; e já que
existe o caráter intencional da consciência, frise-se: não se pode também dizer
que existe um inconsciente, nos termos de Freud, que possa ser revelado ao
analisado por meio de “associações livres”, “interpretação de sonhos”, etc. O que
existem são alienações e/ou ausência do desenvolvimento das consciências críticas
de si e de mundo (enquanto geradoras de náusea social, angústia, tristeza
profunda, melancolia, inautenticidade, depressão e/ou perda do sentido da
existência) que precisam ser superadas.
Em outras palavras, chama-se pedagofilosofia clínica o trabalho psicoterápico e/ou psicanalítico
pedagógico-filosófico existencial-humanista através do qual, após uma análise
do suposto grau de alienação do paciente-educando em relação a si e ao mundo em
que se vive, por meio da problematização (dialética e dialógica) de eventuais
problemas existenciais apresentados, traz-se à consciência do mesmo a
necessidade da busca pela superação (renovação de si por meio da renovação do
entendimento), uma vez que, como dito, não parte-se da ideia de inconsciente no
sentido de Freud, mas sim:
1-
De Condicionamentos socioculturais sofridos, nos termos da filosófica
antropológica[1];
2-
De Hábitos adquiridos através da cultura e/ou dos processos de
socialização[2];
3-
De Alienação, como fruto da
ideologia do capital e da socialização por fragmentos[3];
4-
De Omissões, em decorrência de ignorâncias (no sentido de ignorar ou de incompreensão
das partes e do todo ao mesmo tempo), por parte do sujeito cognoscente[4],
fruto das sociedades tecnicistas e especializadas do capital;
5-
Da Tomada de decisões prejudiciais a si, aos outros e ao mundo em que se
vive (biosfera) devido a um profundo desconhecimento de causas e efeitos, nos
sentidos macro e micro;
6-
De Ações realizadas por meio de hábitos e/ou costumes, inclusive no que
se refere a aspectos éticos e/ou morais;
7-
De Ações realizadas sob a influência das ações alheias;
8-
De Ações realizadas por meio de
afetos ou sentimentos;
9-
De Ações realizadas por meio de crenças, convicções e/ou valores como se
fossem estes ou estas absolutas verdades;
10-
De Ações realizadas por meio da satisfação de vontades como se elas
fossem o mesmo que necessidades.
III
Entretanto,
vale ressaltar, a pedagofilosofia clínica não é composta apenas deste trabalho:
compõe o seu universo e/ou eixo temático direto e indireto também muitos outros
estudos e/ou pesquisas que culminaram em livros, alguns deles inclusive tendo
sido traduzidos para outros idiomas, a saber:
1-
Pedagofilosofia:
ética e estética da educação;
2-
Inteligência
Transcendental;
3-
Aprender a
aprender;
4-
Saber é poder: o
básico que você precisa saber para não ser um alienado;
5-
Dez lições sobre
derrotas e vitórias;
6-
A indústria da
felicidade;
7-
Por que os pobres
morrem pobres?
8-
Quem só trabalha
não tem tempo para ganhar dinheiro;
9-
Segredos da
prosperidade;
10-
Criando
prosperidade;
11-
Segredos da
superação;
12-
Ser tudo o que se
pode ser;
13-
As três
transformações do espírito;
14-
O leão e a gazela:
dialética do esclarecimento;
15-
Filosofia
antropológica e educação: um estudo sobre o pensamento de Nietzsche e a cultura
(tese de doutorado);
16-
Capitalismo,
apologia da “vita activa” e dano existencial (dissertação de mestrado);
17-
Quem disse que os
ricos não entrarão no céu?
18-
O que é aprender,
ensinar e avaliar: teorias do conhecimento e da educação;
19-
Egocentrismo
infantil na fase adulta;
20-
Sociedade
corrompida: transgressão e arte racional da dissimulação;
21-
A sociedade dos
ricos sem dinheiro;
E muitos outros.
IV
Palavras-chave: fenomenologia, Husserl, psicanálise, Kant, existencialismo,
Kierkegaard, Heidegger, Sartre, clínica, Pedagogia, filosofia, pedagofilosofia,
psicoterapia, psicologia, condição humana, Hannah Arendt, Nietzsche, EJA, alma.
Assinar:
Postagens (Atom)