Há
algum tempo atrás se queria separar o que se chamava de loucura do que se
chamava de razão, criando manicômios.
Hoje,
a loucura está aí nas ruas, nas instituições públicas e privadas, na mídia, na
política e ai daquele que não seja louco o bastante para suportar e conviver
com essa loucura alheia.
O
exercício e a prática dessa loucura se tornou uma questão de sobrevivência num
mundo caótico e doentio, onde a luta não é mais somente pela sobrevivência, mas
pelo aumento, a qualquer preço, da elevação do poder de consumo.
E
vale tudo: matar, roubar, mentir, prostituir-se intelectual, física e
moralmente, delatar, humilhar, ser humilhado, trabalhar como escravo, expulsar
o filho de casa, se separar, casar, gerar filho sem pai, amar sem amor, matar o
filho, matar os pais, fazer o que não se gosta nem se tem vocação ou
competência, desviar verbas públicas.
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