segunda-feira, 5 de junho de 2017

QUEM DISSE QUE OS RICOS NÃO ENTRARÃO NO CÉU: O básico que você precisa saber para ser um incluído social

Crer não é pensar, e agir por meio de crenças não é agir racionalmente. Isto é, em pleno alvorecer do séc. XXI, em meio a tantos disparates, violências, intolerâncias e injustiças, ainda precisamos reafirmar a complexidade do óbvio: crenças são dogmas e, dogmas, por sua vez, embora muitos não saibam, são o mesmo que regras alienadas de ação.
Existem hoje nas sociedades capitalistas ocidentais pós-modernas variadas formas de alienação e, uma delas, certamente a mais crucial, é aquela que está dada entre a população de ditos pobres e/ou indivíduos de classe média baixa, uma vez que, sedimentada em mitos ou formas dogmáticas de pensar, sentir e agir, fazem com que os mesmos coloquem-se, além de quase sempre na condição de reféns ou fantoches do sistema capitalista, também como incapazes de superem as suas exclusões.
Esse livro, embora possa parecer a alguns, não é contrário à ideia de que o sistema capitalista é um fabricante diuturno e sistemático da exclusão social. Todavia, mais preocupado em trazer soluções do que propriamente tecer críticas ao mesmo, defende a ideia de que, além da exclusão externa (provocada pelo capitalismo), existe outra que é interna, ou seja, frise-se: diretamente causada e perpetuada em muitos por nutrirem estes formas dogmáticas ou alienadas de pensar, agir e sentir em relação à pobreza e a riqueza.
Esse livro, nesse sentido, entre outras coisas, se propõe a, além de quebrar paradigmas e/ou dogmas:
1- Mudar radicalmente a nossa forma de pensar e/ou encarar os sentidos que até hoje têm sido dados à pobre e a riqueza;
2- Dar-nos condições intelectuais epistemologicamente fundamentadas para podermos não somente resistir aos processos de exclusão social, mas também conquistarmos um lugar ao sol.
Para nós, a cidadania plena é e deverá ser sempre um direito.
Esse direito, todavia, em sociedades capitalistas como a que se vive, não é e nem nunca será uma dádiva, ou seja, para ter real sentido, ele precisa e precisará sempre ser também encarado como fruto de uma conquista.
O autor

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